domingo, 21 de novembro de 2010

Apoio: «Vamos preservar a escadaria do Liceu de Faro e as árvores existentes»

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Depois de sessenta e dois anos de história do Liceu João de Deus o plano de remodelação deste edifício, obra que será gerida pelo Parque Escolar, pretende eliminar a escadaria actual.

O edifício da Escola Secundária João de Deus construído no sítio do Alto de Santo António, é um edifício que se destaca e domina visualmente sobre a Avenida 5 de Outubro. A acentuar esta elevação discreta temos a escadaria, a enquadrar a zona central do edifício e como que a desaguar na longa avenida que desce até à baixa da cidade. Faz parte do memória visual da cidade ao qual a população está ligada e não deve a sua traça exterior ser descaracterizada.

As árvores da Escola Secundária João de Deus fazem parte do património da escola e cidade perfeitamente integrada na mata circundante. Algumas delas centenárias, resistentes como o medronheiro à esquerda da entrada. Queremos pois que toda esta riqueza construída ou natural seja preservada.

É o que diz o texto da petição e eu acrescento.

Primeiro: como antigo aluno da ESJD, o Liceu, reconheço naquelas escadas e frontaria um símbolo de Faro, do antes e do pós 25 de Abril. Destruir os símbolos e a cultura própria de qualquer terra terras é fazer dela uma terrinha igual a qualquer outras, sem nada que a diferencie ou valorize de em relação a outras terrinhas, sem nada que eleve a auto-estima e participação dos cidadãos.

Segundo: sendo o Liceu numa construção do Estado Novo e sendo eu anti-fascista não advogo que tudo o que seja dessa altura seja para queimar, especialmente se for em nome de uma pseudo-modernidade. O que foi feito foi feito e o que é para preservar é para preservar. A obra, material e imaterial, do algarvio Eng. Duarte Pacheco foi uma base do desenvolvimento da nossa engenharia/arquitectura.

Terceiro: aquelas escadas e a frontaria do Liceu são um símbolo de Faro, do antes e do pós 25 de Abril. E são um símbolo que coisas boas e da liberdade dos jovens que se juntavam naquela escadaria para falar livremente e longe dos graúdos.

Quarto: protesto contra mais uma das obras da Parque Escolar em várias escolas do país. São 4 mil milhões de euros, pedidos à banca e a contar para o endividamento do Estado, adjudicados sem concursos à Mota-Engil e outros amigalhaços dos governantes - quantas centenas de milhões poderia ter-se poupado se tivessem feito os concursos?

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