Cavaco ganhou com 53%. Alegre teve 20%, Nobre 14%, Lopes 7%, Coelho 5% e Moura 2%.
Cavaco saiu-se com um discurso de vitória rançoso. E com esse discurso tentou calar para sempre as histórias do BPN. Eu não fiz campanha contra Cavaco utilizando o caso das acções e o da vivenda mas hoje parece óbvio que foram duas ofertas do BPN e da sua máfia. No caso das acções é uma oferta sem consequências mas o da vivenda implica que Cavaco aceitou um negócio de troca da sua vivenda velha por uma maior, nova e à beira da praia. Foi declarado o mesmo valor para as duas e o que resultou é que Cavaco assim fugiu ao pagamento da SISA. Ele pode querer calar estes factos mas a verdade é que deixam nódoa e Cavaco cada vez que falar da sua superioridade terá sempre uma nódoa visível.
E fico à espera que Cavaco cumpra o que disse: não concorda com os cortes nos salários, quer uma repartição justa dos sacrifícios e defende um imposto extraordinário sobre os mais ricos
Cavaco ganhou mas foi o presidente reeleito com menos votos até hoje, menos que Sampaio, Soares e Eanes.
Cavaco ganhou com 2.230.240 votos mas se contarmos com os votos brancos e os nulos, teve menos de metade dos votos das pessoas que foram votar – 2.259.907 pessoas não votaram em Cavaco.
Mas Cavaco ganhou à primeira volta. Lopes, Coelho e Moura tiveram o resultado que eu pensava. Nobre teve um resultado melhor do que eu pensava. Quem se espalhou ao comprido foi Alegre.
Alegre teve menos votos que à 5 anos. Teve uma campanha desastrosa, com o apoio de um Governo cada vez mais criticado e do BE que num dia atacava o governo e no outro dia andava com Alegre de mãos dadas com os membros do Governo. Isto é tortuoso.
Alegre deveria ter feito a sua campanha só com o movimento que o apoiou à 5 anos e à parte disso que o apoiassem à distância.
O voto em Nobre, os brancos e os nulos, quase 700.000, assim como cada vez mais abstenção, revela um número crescente de pessoas que não acreditam nos partidos e neste sistema.
A abstenção vai subindo de eleição em eleição. Como podemos ser tão mal agradecidos com a democracia? É melhor vivermos em ditadura e levar pelos queixos sempre que se abrir a boca?
Quantos não conseguem compreender que política é tudo o que influencia a sua vida dia-a-dia? Quantos estão contentinhos com a sua triste vida? Continuem a não ir votar e deixem que os outros decidam a vossa vida...
Na Freguesia de Santa Bárbara de Nexe, Cavaco ganhou com 52%, Alegre teve 18%, Lopes teve 14%, Nobre teve 11%, Coelho teve 4% e Moura teve 1%. Cavaco teve 691 votos mas os que não votaram nele foram 740 pessoas...
sábado, 29 de janeiro de 2011
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Votem em quem vocês quiserem menos no Cavaco (parte 2)
Enganados. É assim que estão a tentar enganar a todos. Cavaco Silva disse hoje “que dá voz a quem não tem voz, àqueles que não têm força suficiente para se defenderem das injustiças”. Até parece que este Cavaco não é o mesmo que assinou a parte cega dos cortes nos abonos de família, no subsidio e desemprego, nas pensões, nos salários? Até parece que este Cavaco não tem assinado os orçamentos e as políticas que levaram este país à crise, às falências e ao desemprego?
Para reconfirmar o engano basta dar uma olhada à Comissão de Honra de apoio a Cavaco. É só malta que não sabe o que é passar dificuldades. Tal como Fernando Ulrich, feliz com os lucros astronómicos do BPI enquanto as pequenas e médias empresas vão falindo. Ou Vasco de Mello, feliz com os lucros chorudos da Brisa/portagens enquanto o cidadão comum sai-lhe do coiro a portagem. Ou Álvaro Barreto, da gestão ruinosa do BPP. Ou José António Silva, que deixou 380 trabalhadores da Alisuper no desespero. Ou 4 destacados ex-dirigentes do BPN, que deixaram um buraco negro do país...
Para reconfirmar o engano basta dar uma olhada à Comissão de Honra de apoio a Cavaco. É só malta que não sabe o que é passar dificuldades. Tal como Fernando Ulrich, feliz com os lucros astronómicos do BPI enquanto as pequenas e médias empresas vão falindo. Ou Vasco de Mello, feliz com os lucros chorudos da Brisa/portagens enquanto o cidadão comum sai-lhe do coiro a portagem. Ou Álvaro Barreto, da gestão ruinosa do BPP. Ou José António Silva, que deixou 380 trabalhadores da Alisuper no desespero. Ou 4 destacados ex-dirigentes do BPN, que deixaram um buraco negro do país...
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Votem em quem vocês quiserem menos no Cavaco
Já não posso mais com conversas sonsas. Cavaco Silva não responde ou finge que responde sem responder. Ele é político desde 1980. Ele está do lado das grandes empresas que já são grandes demais e estão a chupar os pequenos e os médios até aos ossos. Votem em quem vocês quiserem menos no Cavaco.
Cavaco Silva quer fazer parecer que está acima de tudo e de todos, que está acima da crise e dos que provocaram a crise, que está acima dos políticos, que está acima dos podres de Portugal.
Cavaco Silva não está acima dos políticos, nem de nada. Ele é o português mais político. Desde que eu me lembro de política, ele está sempre presente. Começou na política em 1980 e 30 anos depois ainda está cá.
Cavaco foi ministro das Finanças 1980-81 e logo a seguir veio o FMI do qual agora tem tanto medo. Foi presidente do Conselho Nacional do Plano entre 1981 e 1984. Foi Primeiro-Ministro entre 1985 e 1995. Teve um interregno de 10 anos apesar do seu espectro e por vezes palavras pairar sobre o PSD. É Presidente da República desde 2006. Isto não é ser político?
Depois quer-se fazer passar pelo economista mais competente. Fala mal do desgoverno financeiro mas vem escarrapachado no Diário de Notícias que foi durante os 10 anos de Governo de Aníbal Cavaco Silva que o Estado mais engordou, com a despesa pública a crescer 10,6% entre 1985 e 1995.
Quer também elevar a sua competência como governante mas fomos enganados. Com Cavaco a Primeiro-Ministro entravam milhões e mais milhões da União Europeia e cresciam as auto-estradas, parecendo tudo bem. Mas o que realmente começou foi a concentração da economia nas obras públicas, na construção com os bancos atrás, nas grandes empresas quase-monopolistas, nas grandes superfícies. Hoje vê-se que no outro lado dessa política começou a destruição da indústria, da agricultura e da pesca (e agora tanto Cavaco fala do mar). Hoje vê-se que se favoreceu as empresas que não produzem pouco ou nada produzem e muito menos para exportar (e agora tanto Cavaco fala das exportações). Hoje vê-se que se favoreceu as grandes empresas de tal modo que estas vão chupando os pequenos e os médios até ao osso. É uma traição aos princípios da Social-Democracia. E, hoje, os gestores dos bancos e das grandes empresas estão todos na Comissão de Honra da sua candidatura.
Basta! Cavaco Silva está na origem do estado actual do país e não é com ele que se pode contar para a mudança que é necessária em Portugal.
Votem em quem vocês quiserem menos no Cavaco.
Cavaco Silva quer fazer parecer que está acima de tudo e de todos, que está acima da crise e dos que provocaram a crise, que está acima dos políticos, que está acima dos podres de Portugal.
Cavaco Silva não está acima dos políticos, nem de nada. Ele é o português mais político. Desde que eu me lembro de política, ele está sempre presente. Começou na política em 1980 e 30 anos depois ainda está cá.
Cavaco foi ministro das Finanças 1980-81 e logo a seguir veio o FMI do qual agora tem tanto medo. Foi presidente do Conselho Nacional do Plano entre 1981 e 1984. Foi Primeiro-Ministro entre 1985 e 1995. Teve um interregno de 10 anos apesar do seu espectro e por vezes palavras pairar sobre o PSD. É Presidente da República desde 2006. Isto não é ser político?
Depois quer-se fazer passar pelo economista mais competente. Fala mal do desgoverno financeiro mas vem escarrapachado no Diário de Notícias que foi durante os 10 anos de Governo de Aníbal Cavaco Silva que o Estado mais engordou, com a despesa pública a crescer 10,6% entre 1985 e 1995.
Quer também elevar a sua competência como governante mas fomos enganados. Com Cavaco a Primeiro-Ministro entravam milhões e mais milhões da União Europeia e cresciam as auto-estradas, parecendo tudo bem. Mas o que realmente começou foi a concentração da economia nas obras públicas, na construção com os bancos atrás, nas grandes empresas quase-monopolistas, nas grandes superfícies. Hoje vê-se que no outro lado dessa política começou a destruição da indústria, da agricultura e da pesca (e agora tanto Cavaco fala do mar). Hoje vê-se que se favoreceu as empresas que não produzem pouco ou nada produzem e muito menos para exportar (e agora tanto Cavaco fala das exportações). Hoje vê-se que se favoreceu as grandes empresas de tal modo que estas vão chupando os pequenos e os médios até ao osso. É uma traição aos princípios da Social-Democracia. E, hoje, os gestores dos bancos e das grandes empresas estão todos na Comissão de Honra da sua candidatura.
Basta! Cavaco Silva está na origem do estado actual do país e não é com ele que se pode contar para a mudança que é necessária em Portugal.
Votem em quem vocês quiserem menos no Cavaco.
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
Preocupem-se mais com os problemas de Portugal
in Algarve Mais, Janeiro de 2010
Andam o Governo e o PSD muito preocupados com os “mercados”. Têm a sua importância relativa mas deveriam estar mais preocupados com o presente e o futuro de Portugal. Paul Krugman, norte-americano e prémio Nobel da Economia, disse recentemente e muito a sério: os “mercados” querem dinheiro para cocaína e prostitutas.
Os “mercados” são na realidade jovens recém-diplomados com menos de 30 anos, provavelmente com a mesma inteligência de um estudante do ensino secundário, desenhando estratégias caóticas de negociação de acções/títulos e reportando a chefes que serão apenas 5 anos mais velhos que eles. São jovens que só pensam, e mal, o futuro no prazo máximo de 3 meses e não estão preocupados com o futuro de países e empresas a médio e longo prazo (4 ou mais anos). Até porque num espaço de 4 anos já terão sido promovidos ou despedidos e não se preocuparão mais com os países e empresas que agora fazem tremer.
Não existe vontade na Europa e nos EUA para mudar esta realidade, nem para controlar os excessos dos bancos, especuladores e grandes empresas. Não é o voto dos cidadãos que manda mas sim esses poderosos interesses. Não vivemos em democracia pura mas sim numa democratura: democracia de voto e ditadura do capital. O Governo português não tem poder, nem talvez visão, para mudar esta realidade mas então que se concentre em resolver os problemas do nosso futuro.
1. Endireitar as contas públicas
Reduzam a despesa anual do Estado em, pelo menos, 6 mil milhões de euros. Cortem nas empresas públicas, institutos e fundações fantasma, nos tachos, nas nomeações e nos salários milionários, nos gastos comemorativos, nas obras sem concurso público, nas ruinosas parcerias publico-privadas que custam mais do que um empréstimo bancário.
Apliquem um contributo verdadeiramente proporcional na parte da receita e vão rebuscar 1,5 mil milhões de euros com o fim dos benefícios fiscais individuais (bancos e grandes empresas), taxando 20% as transferências para os paraísos fiscais e as mais valias bolsistas (acabando com a vergonha de casos como a PT em que os grandes não pagaram imposto nenhum), taxando extraordinariamente os grandes lucros e os produtos de luxo.
O contributo tem que ser proporcional e não podem ser só as classes média e baixa a pagar a crise. Nas medidas dos PEC e do Orçamento de Estado, 60% são cortes e aumentos de impostos sobre os trabalhadores, 30% são cortes no Estado que afectam serviços públicos cujos utilizadores são as classes baixa e média e somente 10% são o contributo de grandes empresas, bancos, etc. São os pobres que pagam a crise criada pelos ricos!
E não me digam que taxar a riqueza impede o investimento, nem que é um discurso demagógico sobre os ricos. O próprio milionário e investidor Warren Buffet disse que nos EUA a redução dos impostos sobre os super-ricos apenas e só os tornou mais ricos enquanto o americano médio não foi a lado nenhum, ficou sempre na tremideira. O FMI publicou um estudo concluindo que a crise financeira foi provocada pelo aprofundamento do fosso entre pobres e ricos. Tal como aconteceu na Grande Depressão, a crise financeira resulta da concentração de riqueza nos mais ricos e o crescente acesso ao crédito dos mais pobres, sem recursos para viver nas sociedade modernas. Nos EUA, entre 1983 e 2007, a parte do rendimento nacional detido pelos 5% mais ricos aumentou de 22 para 34%... Mais riqueza para uns poucos menos riqueza para muitos mais...
2. Eficiência Pública + Educação + Saúde + Justiça + Segurança
Tenham coragem e competência para desburocratizar totalmente o Estado, para o destacamento de funcionários públicos de acordo com as necessidades reais, para descentralizar através da regionalização e para acabar com o buraco negro de Lisboa, o sorvedouro de recursos e pouco preocupado com o resto do país produtor, para que o poder público seja mais transparente e próximo dos cidadãos. Melhores serviços com menos custos
Na Educação gastamos tanto ou mais que a média da Europa e os resultados parecem estar a evoluir mas são insuficientes para recuperar rapidamente o nosso atraso de conhecimentos e cultural. Apesar das estatísticas, temos uma escola facilitista, cheia de teorias e vazia de conhecimento. Temos gente a mais no Ministério da Educação e professores a menos a dar aulas. Na Saúde, essencial para a qualidade e conforto de vida, a ameaça de caos é real. E sem uma Justiça rápida e eficiente, tudo se arrasta nos tribunais e não é possível desenvolver o país.
3. Produção + Emprego
Parte substancial do investimento público deve ser canalizado para as micro, pequenas e médias empresas, e para a inovação. Produzir mais para exportar mais e importar menos. Produzir produtos que podem ser comercializados em lugar de enterrar dinheiro em betão como nos últimos 20 anos. Enquanto não se focalizar o investimento na economia produtiva não haverá emprego suficiente.
Foquem-se no importante e não no acessório da redução de salários (já baixos) e nas flexibilizações (no país da Europa com mais emprego precário). Como disse Pedro Guerreiro no “Negócios online”, 7/12/2010: aumentar a competitividade não pode ser apenas gerir o factor de produção trabalho. Até as empresas portuguesas reconhecem que é mais importante o custo da energia e factores como os juros, impostos, transportes, matérias-primas. Enquanto as atenções não estiverem inteiramente viradas para a inovação, investimento tecnológico, qualificação e melhoria das capacidades de gestão continuaremos numa economia fraca baseada no custo do trabalho e batida por muitos outros países.
Os “mercados” são na realidade jovens recém-diplomados com menos de 30 anos, provavelmente com a mesma inteligência de um estudante do ensino secundário, desenhando estratégias caóticas de negociação de acções/títulos e reportando a chefes que serão apenas 5 anos mais velhos que eles. São jovens que só pensam, e mal, o futuro no prazo máximo de 3 meses e não estão preocupados com o futuro de países e empresas a médio e longo prazo (4 ou mais anos). Até porque num espaço de 4 anos já terão sido promovidos ou despedidos e não se preocuparão mais com os países e empresas que agora fazem tremer.
Não existe vontade na Europa e nos EUA para mudar esta realidade, nem para controlar os excessos dos bancos, especuladores e grandes empresas. Não é o voto dos cidadãos que manda mas sim esses poderosos interesses. Não vivemos em democracia pura mas sim numa democratura: democracia de voto e ditadura do capital. O Governo português não tem poder, nem talvez visão, para mudar esta realidade mas então que se concentre em resolver os problemas do nosso futuro.
1. Endireitar as contas públicas
Reduzam a despesa anual do Estado em, pelo menos, 6 mil milhões de euros. Cortem nas empresas públicas, institutos e fundações fantasma, nos tachos, nas nomeações e nos salários milionários, nos gastos comemorativos, nas obras sem concurso público, nas ruinosas parcerias publico-privadas que custam mais do que um empréstimo bancário.
Apliquem um contributo verdadeiramente proporcional na parte da receita e vão rebuscar 1,5 mil milhões de euros com o fim dos benefícios fiscais individuais (bancos e grandes empresas), taxando 20% as transferências para os paraísos fiscais e as mais valias bolsistas (acabando com a vergonha de casos como a PT em que os grandes não pagaram imposto nenhum), taxando extraordinariamente os grandes lucros e os produtos de luxo.
O contributo tem que ser proporcional e não podem ser só as classes média e baixa a pagar a crise. Nas medidas dos PEC e do Orçamento de Estado, 60% são cortes e aumentos de impostos sobre os trabalhadores, 30% são cortes no Estado que afectam serviços públicos cujos utilizadores são as classes baixa e média e somente 10% são o contributo de grandes empresas, bancos, etc. São os pobres que pagam a crise criada pelos ricos!
E não me digam que taxar a riqueza impede o investimento, nem que é um discurso demagógico sobre os ricos. O próprio milionário e investidor Warren Buffet disse que nos EUA a redução dos impostos sobre os super-ricos apenas e só os tornou mais ricos enquanto o americano médio não foi a lado nenhum, ficou sempre na tremideira. O FMI publicou um estudo concluindo que a crise financeira foi provocada pelo aprofundamento do fosso entre pobres e ricos. Tal como aconteceu na Grande Depressão, a crise financeira resulta da concentração de riqueza nos mais ricos e o crescente acesso ao crédito dos mais pobres, sem recursos para viver nas sociedade modernas. Nos EUA, entre 1983 e 2007, a parte do rendimento nacional detido pelos 5% mais ricos aumentou de 22 para 34%... Mais riqueza para uns poucos menos riqueza para muitos mais...
2. Eficiência Pública + Educação + Saúde + Justiça + Segurança
Tenham coragem e competência para desburocratizar totalmente o Estado, para o destacamento de funcionários públicos de acordo com as necessidades reais, para descentralizar através da regionalização e para acabar com o buraco negro de Lisboa, o sorvedouro de recursos e pouco preocupado com o resto do país produtor, para que o poder público seja mais transparente e próximo dos cidadãos. Melhores serviços com menos custos
Na Educação gastamos tanto ou mais que a média da Europa e os resultados parecem estar a evoluir mas são insuficientes para recuperar rapidamente o nosso atraso de conhecimentos e cultural. Apesar das estatísticas, temos uma escola facilitista, cheia de teorias e vazia de conhecimento. Temos gente a mais no Ministério da Educação e professores a menos a dar aulas. Na Saúde, essencial para a qualidade e conforto de vida, a ameaça de caos é real. E sem uma Justiça rápida e eficiente, tudo se arrasta nos tribunais e não é possível desenvolver o país.
3. Produção + Emprego
Parte substancial do investimento público deve ser canalizado para as micro, pequenas e médias empresas, e para a inovação. Produzir mais para exportar mais e importar menos. Produzir produtos que podem ser comercializados em lugar de enterrar dinheiro em betão como nos últimos 20 anos. Enquanto não se focalizar o investimento na economia produtiva não haverá emprego suficiente.
Foquem-se no importante e não no acessório da redução de salários (já baixos) e nas flexibilizações (no país da Europa com mais emprego precário). Como disse Pedro Guerreiro no “Negócios online”, 7/12/2010: aumentar a competitividade não pode ser apenas gerir o factor de produção trabalho. Até as empresas portuguesas reconhecem que é mais importante o custo da energia e factores como os juros, impostos, transportes, matérias-primas. Enquanto as atenções não estiverem inteiramente viradas para a inovação, investimento tecnológico, qualificação e melhoria das capacidades de gestão continuaremos numa economia fraca baseada no custo do trabalho e batida por muitos outros países.
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