Já não posso mais com conversas sonsas. Cavaco Silva não responde ou finge que responde sem responder. Ele é político desde 1980. Ele está do lado das grandes empresas que já são grandes demais e estão a chupar os pequenos e os médios até aos ossos. Votem em quem vocês quiserem menos no Cavaco.
Cavaco Silva quer fazer parecer que está acima de tudo e de todos, que está acima da crise e dos que provocaram a crise, que está acima dos políticos, que está acima dos podres de Portugal.
Cavaco Silva não está acima dos políticos, nem de nada. Ele é o português mais político. Desde que eu me lembro de política, ele está sempre presente. Começou na política em 1980 e 30 anos depois ainda está cá.
Cavaco foi ministro das Finanças 1980-81 e logo a seguir veio o FMI do qual agora tem tanto medo. Foi presidente do Conselho Nacional do Plano entre 1981 e 1984. Foi Primeiro-Ministro entre 1985 e 1995. Teve um interregno de 10 anos apesar do seu espectro e por vezes palavras pairar sobre o PSD. É Presidente da República desde 2006. Isto não é ser político?
Depois quer-se fazer passar pelo economista mais competente. Fala mal do desgoverno financeiro mas vem escarrapachado no Diário de Notícias que foi durante os 10 anos de Governo de Aníbal Cavaco Silva que o Estado mais engordou, com a despesa pública a crescer 10,6% entre 1985 e 1995.
Quer também elevar a sua competência como governante mas fomos enganados. Com Cavaco a Primeiro-Ministro entravam milhões e mais milhões da União Europeia e cresciam as auto-estradas, parecendo tudo bem. Mas o que realmente começou foi a concentração da economia nas obras públicas, na construção com os bancos atrás, nas grandes empresas quase-monopolistas, nas grandes superfícies. Hoje vê-se que no outro lado dessa política começou a destruição da indústria, da agricultura e da pesca (e agora tanto Cavaco fala do mar). Hoje vê-se que se favoreceu as empresas que não produzem pouco ou nada produzem e muito menos para exportar (e agora tanto Cavaco fala das exportações). Hoje vê-se que se favoreceu as grandes empresas de tal modo que estas vão chupando os pequenos e os médios até ao osso. É uma traição aos princípios da Social-Democracia. E, hoje, os gestores dos bancos e das grandes empresas estão todos na Comissão de Honra da sua candidatura.
Basta! Cavaco Silva está na origem do estado actual do país e não é com ele que se pode contar para a mudança que é necessária em Portugal.
Votem em quem vocês quiserem menos no Cavaco.
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