Foi algo que pensei há uns 2 meses mas só agora alinhavei umas palavras para partilhar esta reflexão. Faz quase 2 meses que Carlos Castro foi assassinado em Nova Iorque. Durante dias a fio não deu quase mais nada na televisão. Foi os telejornais, foram os programas da manhã e da tarde.
Na mesma altura morreu Vitor Alves, um dos destacados capitães de Abril, um homem sério, honesto e sensível. Vitor Alves, Vasco Lourenço, Otelo Saraiva de Carvalho, Salgueiro Maia, Costa Gomes, Melo Antunes, foram obreiros do 25 de Abril, deitaram abaixo a longa ditadura fascista.
No entanto Vitor Alves passou de raspão na televisão e Carlos Castro abafou a televisão.
Isto é um sintoma do atraso do nosso país. É um atraso cultural. A morte de Carlos Castro não tem nenhuma importância para Portugal mas a morte de Vitor Alves poderia ter proporcionado uma reflexão sobre o nosso passado, o nosso presente e o nosso futuro, sobre a nossa governação passada, presente e futura.
Pois é meu caro!... há décadas que a formação cultural da nossa população anda nas mãos da indigência. As pessoas são satisfeitas com o superficial e com aquilo que de imediato lhes fornece alguma emoção... mesmo que barata.
ResponderEliminarFelicito o Sérgio pela publicação e subscrevo o comentário do Álvaro.
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