domingo, 31 de julho de 2011
Subsidio para uma Associação – Parte 2
Ontem realizou-se o festival de folclore do Rancho da Associação Nexense e contou com a participação da Marcha Popular da Sociedade Bordeirense.
As duas associações são o exemplo da importância das Associações. Na nossa Freguesia temos 8 Associações activas, o que é um numero muito acima de muitas outras freguesias com dimensão semelhante à nossa.
No festival de folclore deixei uma mensagem de esperança para as associações que estão a sentir e ainda vão sentir mais dificuldades com o corte de apoios financeiros do Estado. Mas também deixei uma mensagem para que não baixem os braços, para trabalharem e também irem à luta para reivindicar e obter o que merecem.
Não podemos deixar morrer os ranchos, nem as associações, porque uma terra sem tradições e sem cultura é uma terra sem alma e igual a tantas outras terras sem vida e sem nada que as diferencie e valorize.
É preciso apoiar financeiramente as Associações da nossa Freguesia e se os tempos estão difíceis e ainda vão ficar mais é preciso pensar com a cabeça e não com os pés.
A Junta de Freguesia tem um orçamento anual de 70 mil euros e a Câmara Municipal de 30 milhões de euros.
Se a Junta de Freguesia dá um subsidio de 500 euros do seu orçamento, o mesmo peso no orçamento da Câmara significa que esta teria de dar 215 mil euros.
É fácil ver que o esforço que a Junta faz não tem comparação com o da Câmara.
Se não me falharem as contas, considerando o peso do subsidio nos dois orçamentos, a Junta dá um subsidio 43.000% (quarenta e três mil porcento) acima do subsidio da Câmara.
sexta-feira, 29 de julho de 2011
Subsidio de 500 euros para uma Associação
Volta e meia falam-me de que é preciso apoiar mais financeiramente as Associações da nossa Freguesia.
Os tempos estão dificeis e ainda vão ficar mais mas é preciso pensar com a cabeça e não com os pés.
Por exemplo, a Junta de Freguesia dá um subsidio de 200 euros ou de 500 euros a uma Associação local. E a Câmara Municipal dá o mesmo subsidio à mesma Associação.
A diferença é que a Junta tem um orçamento anual de 70 mil euros e a Câmara de 30 milhões de euros.
É facil ver que o esforço que a Junta faz não tem comparação com o da Câmara.
Se não me falharem as contas, considerando o peso do subsidio nos dois orçamentos, a Junta dá um subsidio 43.000% (quarenta e três mil porcento) acima do subsisio da Câmara.
Os tempos estão dificeis e ainda vão ficar mais mas é preciso pensar com a cabeça e não com os pés.
Por exemplo, a Junta de Freguesia dá um subsidio de 200 euros ou de 500 euros a uma Associação local. E a Câmara Municipal dá o mesmo subsidio à mesma Associação.
A diferença é que a Junta tem um orçamento anual de 70 mil euros e a Câmara de 30 milhões de euros.
É facil ver que o esforço que a Junta faz não tem comparação com o da Câmara.
Se não me falharem as contas, considerando o peso do subsidio nos dois orçamentos, a Junta dá um subsidio 43.000% (quarenta e três mil porcento) acima do subsisio da Câmara.
quarta-feira, 27 de julho de 2011
A alegria do lar camponês
A alegria do lar camponês, por Xico Bexiga, poeta Nexense.
Havendo saúde e dinheiro
É a alegria do lar,
Havendo um rapaz solteiro
E uma filha p’ra casar
Dar-se bem com os vizinhos
A toda a gente querer bem,
Não invejar de quem tem
Dar auxilio aos pobrezinhos:
É viver como os santinhos
Também não ser caloteiro
No ponto de vista mais verdadeiro
Estar dentro da moral,
É o ponto principal
Havendo saúde e dinheiro
Quando algum mal nos calha
O dever é ter paciência,
Que deixa que a Previdência
Logo o mal desencalha;
Se o marido à mulher ralha
A filha pega a cantar
E o filho vai animar
O pai com toda a bondade,
Havendo esta lealdade
É a alegria do lar
A esse monte ó morada
Que alguém vá fazer visita
É a coisa mais bonita
Ver toda a gente animada;
A casa limpa e asseada
E um porco no chiqueiro
E ter algum grão no celeiro
P’ra que não haja fadigas
E p’ra alegrar as raparigas
Havendo um rapaz solteiro
E ter em casa bebida
P´ra oferecer a quem lá vá
Também não é coisa má
Acompanhando a comida;
É uma casa preferida
Fica tudo a bem falar,
Podeis nisto acreditar
P’ra ter tudo o que faz falta,
É ter conta com a malta
E uma filha p’ra casar
Havendo saúde e dinheiro
É a alegria do lar,
Havendo um rapaz solteiro
E uma filha p’ra casar
Dar-se bem com os vizinhos
A toda a gente querer bem,
Não invejar de quem tem
Dar auxilio aos pobrezinhos:
É viver como os santinhos
Também não ser caloteiro
No ponto de vista mais verdadeiro
Estar dentro da moral,
É o ponto principal
Havendo saúde e dinheiro
Quando algum mal nos calha
O dever é ter paciência,
Que deixa que a Previdência
Logo o mal desencalha;
Se o marido à mulher ralha
A filha pega a cantar
E o filho vai animar
O pai com toda a bondade,
Havendo esta lealdade
É a alegria do lar
A esse monte ó morada
Que alguém vá fazer visita
É a coisa mais bonita
Ver toda a gente animada;
A casa limpa e asseada
E um porco no chiqueiro
E ter algum grão no celeiro
P’ra que não haja fadigas
E p’ra alegrar as raparigas
Havendo um rapaz solteiro
E ter em casa bebida
P´ra oferecer a quem lá vá
Também não é coisa má
Acompanhando a comida;
É uma casa preferida
Fica tudo a bem falar,
Podeis nisto acreditar
P’ra ter tudo o que faz falta,
É ter conta com a malta
E uma filha p’ra casar
segunda-feira, 18 de julho de 2011
Charolas na Freguesia de Santa Bárbara de Nexe
Quem estiver interessado em conhecer a história das nossas Charolas é só clicar no documento abaixo para o aumentar. É um estudo monográfico baseado numa comunicação que apresentei no 12º Congresso do Algarve (Tavira - 28 a 30 de Outubro de 2004).
Charolas freguesia santa bárbara de nexe
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sexta-feira, 15 de julho de 2011
A boa e as más noticias do imposto do Natal
A boa e as más noticias do imposto do Natal. A boa é que 80% dos reformados e 65% das famílias não vão pagar porque têm rendimentos abaixo do salário mínimo = 485 euros. A primeira má é 80% dos reformados e 65% das famílias vivem entre a miséria e a pobreza mascarada.
Por mês, uma família de 2 mais 1 criança, com 400 a 500 euros de rendas ou empréstimos, água, electricidade e/ou gás já se foi 1 salário, mais uns 250 euros de comida por mês, mais despesas da escola da criança, mais vestuário e já se foi o outro salário. Nem sequer há espaço para despesas inesperadas.
Portugal não é lixo mas é uma vergonha aonde se chegou e o que se está a passar, com responsabilidades a começar em Cavaco seguindo-se Guterres, Durão, Santana, Portas, Sócrates e agora Coelho e Portas (outra vez).
Refiro já Coelho e Portas (outra vez) porque – e esta é a segunda má notícia – com o imposto do Natal fazem com que quem pague a crise seja apenas os trabalhadores e os reformados. Deixam de fora as grandes empresas e os grandes lucros, os bancos cujos lucros continuam nas nuvens, as acções, a especulação e os dividendos que pouco produzem, muito rendem e muito fazem tremer a economia.
Os 6 mil milhões da venda da Vivo pela PT não pagaram imposto nenhum, como não pagaram os 900 milhões que daí foram oferecidos a grandes grupos financeiros como dividendos accionistas extraordinários.
Este desequilíbrio entre os rendimentos do trabalho e os rendimentos do capital é inaceitável. Especialmente porque foi o capital, os bancos e os investidores/especuladores, que provocaram a crise e agora são os trabalhadores que a têm de pagar.
A especulação, nas sua mais variadas formas, é um cancro que ameaçar levar o mundo a uma crise que talvez signifique o fim do mundo tal qual o conhecemos.
Cerca de 90% do dinheiro que circula diariamente no mundo é especulação que se move de acção para acção ou para dívida publica ou para moedas nacionais, não tendo nada a haver com a produção e comercio do que quer que seja e apenas ajudando os super-ricos a acumular mais fortuna.
Ao contrário de alguns neo-liberais dizem que essa acumulação de fortunas é essencial para haver mais investimento e desenvolvimento, Warren Buffet, milionário e investidor norte-americano, dono da Moody's, até já disse que este sistema de favorecimento aos super-ricos apenas e só os tornou mais ricos enquanto a larga maioria da população vê as suas condições de vida
Américo Amorim tornou-se no homem mais rico de Portugal, não por ter aberto mais 10 fábricas de cortiça ou mais 20 hotéis, mas por lhe terem caído nas mãos mais de 15% das acções da Galp. A Galp deixou de ter como objectivo estar ao serviço do desenvolvimento de Portugal. Temos o segundo gasóleo e a terceira gasolina mais caros da Europa antes de impostos. A Galp passou a ter por objectivo ter lucros chorudos para serem distribuídos pelos seus accionistas (e 55 milhões para Amorim), dos quais o Estado vai deixar se fazer parte por acção deste Governo PSD+CDS+PS+PASSOS COELHO+PORTAS+FMI.
Por mês, uma família de 2 mais 1 criança, com 400 a 500 euros de rendas ou empréstimos, água, electricidade e/ou gás já se foi 1 salário, mais uns 250 euros de comida por mês, mais despesas da escola da criança, mais vestuário e já se foi o outro salário. Nem sequer há espaço para despesas inesperadas.
Portugal não é lixo mas é uma vergonha aonde se chegou e o que se está a passar, com responsabilidades a começar em Cavaco seguindo-se Guterres, Durão, Santana, Portas, Sócrates e agora Coelho e Portas (outra vez).
Refiro já Coelho e Portas (outra vez) porque – e esta é a segunda má notícia – com o imposto do Natal fazem com que quem pague a crise seja apenas os trabalhadores e os reformados. Deixam de fora as grandes empresas e os grandes lucros, os bancos cujos lucros continuam nas nuvens, as acções, a especulação e os dividendos que pouco produzem, muito rendem e muito fazem tremer a economia.
Os 6 mil milhões da venda da Vivo pela PT não pagaram imposto nenhum, como não pagaram os 900 milhões que daí foram oferecidos a grandes grupos financeiros como dividendos accionistas extraordinários.
Este desequilíbrio entre os rendimentos do trabalho e os rendimentos do capital é inaceitável. Especialmente porque foi o capital, os bancos e os investidores/especuladores, que provocaram a crise e agora são os trabalhadores que a têm de pagar.
A especulação, nas sua mais variadas formas, é um cancro que ameaçar levar o mundo a uma crise que talvez signifique o fim do mundo tal qual o conhecemos.
Cerca de 90% do dinheiro que circula diariamente no mundo é especulação que se move de acção para acção ou para dívida publica ou para moedas nacionais, não tendo nada a haver com a produção e comercio do que quer que seja e apenas ajudando os super-ricos a acumular mais fortuna.
Ao contrário de alguns neo-liberais dizem que essa acumulação de fortunas é essencial para haver mais investimento e desenvolvimento, Warren Buffet, milionário e investidor norte-americano, dono da Moody's, até já disse que este sistema de favorecimento aos super-ricos apenas e só os tornou mais ricos enquanto a larga maioria da população vê as suas condições de vida
Américo Amorim tornou-se no homem mais rico de Portugal, não por ter aberto mais 10 fábricas de cortiça ou mais 20 hotéis, mas por lhe terem caído nas mãos mais de 15% das acções da Galp. A Galp deixou de ter como objectivo estar ao serviço do desenvolvimento de Portugal. Temos o segundo gasóleo e a terceira gasolina mais caros da Europa antes de impostos. A Galp passou a ter por objectivo ter lucros chorudos para serem distribuídos pelos seus accionistas (e 55 milhões para Amorim), dos quais o Estado vai deixar se fazer parte por acção deste Governo PSD+CDS+PS+PASSOS COELHO+PORTAS+FMI.
quarta-feira, 13 de julho de 2011
Charolas
Este é um artigo de opinião que publiquei no jornal barlavento, no dia 10 de Janeiro de 2010.
terça-feira, 12 de julho de 2011
O bom e ruim
O bom e ruim
por Francisco Dias Bexiga
Quem é ruim, não vale nada
Quem é bom, hoje nada vale
Por isso, meu camarada,
Não percebo Portugal
Às vezes ouço falar
Muito contra a um ladrão
Que devia ir p’ra prisão
Para nunca mais roubar.
Dizem que se devia matar
Aquele bala safada,
Que só merece é pancada
E só tem é malvadez.
Amigo, pois tu não vês,
Quem é ruim, não vale nada
Também há quem mal diga
Dum triste pobrezinho
Que vai pedir um bocadinho
Que a necessidade obriga.
Ele quer encher a barriga
Tem sido sempre leal
É bondoso, não faz mal,
Anda no mundo penando
E mesmo assim ficam dizendo
Quem é bom, hoje nada vale
Junta-se o ladrão e o pobre,
São bem diferentes na vida,
Mede-nos na mesma medida
Porque nem um nem outro é nobre;
Porque o rico nunca encobre
O que domina a enxada
Quer ver a terra cavada
Mas não vê o que lhe custa
Devia comer à justa
Por isso, meu camarada.
A saber qual é culpado
Destes três que publiquei
Me parece até que sei:
É o que não anda falado.
Assim anda tudo errado
Como eu, também, ando igual
Mas a razão afinal
A crer explicá-la bem
Rouba o rico a quem não tem
Não percebo Portugal
por Francisco Dias Bexiga
Quem é ruim, não vale nada
Quem é bom, hoje nada vale
Por isso, meu camarada,
Não percebo Portugal
Às vezes ouço falar
Muito contra a um ladrão
Que devia ir p’ra prisão
Para nunca mais roubar.
Dizem que se devia matar
Aquele bala safada,
Que só merece é pancada
E só tem é malvadez.
Amigo, pois tu não vês,
Quem é ruim, não vale nada
Também há quem mal diga
Dum triste pobrezinho
Que vai pedir um bocadinho
Que a necessidade obriga.
Ele quer encher a barriga
Tem sido sempre leal
É bondoso, não faz mal,
Anda no mundo penando
E mesmo assim ficam dizendo
Quem é bom, hoje nada vale
Junta-se o ladrão e o pobre,
São bem diferentes na vida,
Mede-nos na mesma medida
Porque nem um nem outro é nobre;
Porque o rico nunca encobre
O que domina a enxada
Quer ver a terra cavada
Mas não vê o que lhe custa
Devia comer à justa
Por isso, meu camarada.
A saber qual é culpado
Destes três que publiquei
Me parece até que sei:
É o que não anda falado.
Assim anda tudo errado
Como eu, também, ando igual
Mas a razão afinal
A crer explicá-la bem
Rouba o rico a quem não tem
Não percebo Portugal
domingo, 10 de julho de 2011
Flor de Liz 2010
Actuação do Grupo Charoleiro "Flor de Liz". Santa Bárbara de Nexe. Dia de Ano Novo de 2010. Operador de câmara: João Mendes
Flor de Liz from sergio martins on Vimeo.
sábado, 9 de julho de 2011
Grande Gala de Acordeão - Faro 2005 Capital Nacional da Cultura
Em 2005, no âmbito de Faro Capital Nacional da Cultura, a Junta de Freguesia de Santa Bárbara de Nexe e a Sociedade Recreativa Bordeirense, organizaram uma Grande Gala de Acordeão, com Daniel Rato, Duo Semyonov, Hélder Barracosa, Ilda Rodrigues, João Barradas, João Frade, Lígia Cipriano, Maria Adélia Botelho e do Quarteto Nelson Conceição. Foi um sucesso com lotação esgotada e gente sentada nas escadas. Fica aqui um excerto da actuação de Daniel Rato.
quinta-feira, 7 de julho de 2011
A nossa Ermida de Santa Catarina dos Gorjões tem mais de 500 anos
terça-feira, 5 de julho de 2011
Portugal é LIXO
Portugal é LIXO. Diz uma obscura agência Moody's, daquelas que diziam que o banco americano Lehman Brothers era ouro, no próprio dia em que o banco faliu.
LIXO é todo o sistema mundial que foi montado nos últimos 30 anos. Em Portugal aconteceu o mesmo. O dinheiro já não se reproduz por via do investimento produtivo. Produzir, vender, empregar. O dinheiro reproduz-se por via da especulação, nas bolsa, na dívida, nos bens.
Américo Amorim tornou-se no homem mais rico de Portugal, não por ter aberto mais 10 fábricas de cortiça ou mais 20 hotéis, mas por lhe terem caído nas mãos mais de 15% das acções da Galp. A Galp deixou de ter como objectivo estar ao serviço do desenvolvimento de Portugal. Temos o segundo gasóleo e a terceira gasolina mais caros da Europa antes de impostos. A Galp passou a ter por objectivo ter lucros chorudos para serem distribuídos pelos seus accionistas (e 55 milhões para Amorim), dos quais o Estado vai deixar se fazer parte por acção deste Governo PSD+CDS+PASSOS COELHO+PORTAS+FMI.
É todo um sistema que tem sido montado a cumplicidade dos governantes, a começar com Cavaco e a acabar em Sócrates. Mas é um sistema que está à beira do colapso: as pessoas não vão aguentar tantos cortes.
Warren Buffet, milionário e investidor norte-americano, denunciou que este sistema de favorecimento aos super-ricos apenas e só os tornou mais ricos enquanto a larga maioria da população vê as suas condições de vida cairem.
LIXO é todo o sistema mundial que foi montado nos últimos 30 anos. Em Portugal aconteceu o mesmo. O dinheiro já não se reproduz por via do investimento produtivo. Produzir, vender, empregar. O dinheiro reproduz-se por via da especulação, nas bolsa, na dívida, nos bens.
Américo Amorim tornou-se no homem mais rico de Portugal, não por ter aberto mais 10 fábricas de cortiça ou mais 20 hotéis, mas por lhe terem caído nas mãos mais de 15% das acções da Galp. A Galp deixou de ter como objectivo estar ao serviço do desenvolvimento de Portugal. Temos o segundo gasóleo e a terceira gasolina mais caros da Europa antes de impostos. A Galp passou a ter por objectivo ter lucros chorudos para serem distribuídos pelos seus accionistas (e 55 milhões para Amorim), dos quais o Estado vai deixar se fazer parte por acção deste Governo PSD+CDS+PASSOS COELHO+PORTAS+FMI.
É todo um sistema que tem sido montado a cumplicidade dos governantes, a começar com Cavaco e a acabar em Sócrates. Mas é um sistema que está à beira do colapso: as pessoas não vão aguentar tantos cortes.
Warren Buffet, milionário e investidor norte-americano, denunciou que este sistema de favorecimento aos super-ricos apenas e só os tornou mais ricos enquanto a larga maioria da população vê as suas condições de vida cairem.
domingo, 3 de julho de 2011
O fim do mundo
in Algarve Mais, Julho 2011
Estamos à beira do fim do mundo tal qual o conhecemos. O economista norte-americano Nouriel Roubini disse recentemente que se estão a juntar as condições para, em 2013, acontecer a “tempestade perfeita”. Na meteorologia “tempestade perfeita” significa que vários factores meteorológicos juntam-se para criar a tempestade mais destrutiva de todas. Roubini diz que a dívida e a escassez de dinheiro nos Estados Unidos, a possibilidade da Europa ter que reestruturar a sua dívida e colocar menos dinheiro nos credores, a estagnação económica do Japão e a desaceleração do crescimento da China podem criar a maior e mais devastadora crise mundial de sempre, já em 2013.
Muitos economistas e políticos fingem que não ouviram e só não o chamam de louco porque já o tinham feito em 2005, quando Roubini disse que estávamos à beira de uma crise do imobiliário nos Estados Unidos, que veio a rebentar em 2007 e a arrastar o mundo para a actual crise.
Também fingem que não ouvem Roubini a dizer que Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha vão ter de sair do Euro se este continuar fortemente valorizado, acrescentado eu, ao serviço dos interesses da Alemanha.
Tal como não fingem que não ouvem Paul Krugman, economista norte-americano e prémio Nobel, dizendo que Portugal não vai ser capaz de pagar a dívida, que os planos de austeridade não vão ter qualquer utilidade e vão apenas agravar a recessão. Krugman fala que a única saída para Portugal é reestruturação da dívida, definindo novos prazos de pagamento e mesmo juros mais baixos sobre a divida passada, em lugar de se pedir mais empréstimos para pagar empréstimos. Hoje até o PSD já admite a reestruturação da dívida, quando ontem chamava de irresponsáveis aos poucos que propunham essa medida. No entanto, só falam de reestruturação para daqui a 2 anos porque falta por jóias da coroa como os CTT, a REN e o resto da EDP e Galp no bolso de alguns amigos.
A realidade é que Portugal não tem economia para pagar a dívida atrasada quanto mais a nova que estão agora a contrair no Fundo Monetário Internacional, no Banco Central Europeu e na Comissão Europeia. E com a agravante das medidas de austeridade da troika FMI. BCE e CE irem alimentar a crise nos próximos tempos.
Quando os milhões da CEE começaram a entrar em Portugal, com Cavaco Silva a Primeiro-Ministro e com as privatizações de empresas públicas monopolistas ou semi-monopolistas, foi um fartar de dinheiro para destruir a agricultura, a pesca e a indústria e foi um incentivo tremendo para que o capital / investimento fugisse de empresas ligadas aos sectores produtivo para as acções das grandes empresas monopolistas.
No entanto, cerca de 1/4dos portugueses, 25% da população, puseram o PSD e o CDS no Governo. Apesar de não parecer que a maioria saiba o que Coelho e Portas assinaram com a troika, visto que os artistas passaram uma campanha a não querer falar das suas propostas. Preparem-se para a redução de salários, o aumento de impostos (que tanto vai afectar o turismo), o aumento das taxas dos hospitais, os cortes na educação e nas autarquias locais, etc. etc.. Preparem-se para mais crise sobre a crise.
As nuvens de tempestade são mais do que muitas sobre o nosso céu algarvio e sobre todo mundo. Muitos parecem fingir que não é grave e outros não ligam mas a crise está aí e vai piorar ainda muito mais.
O problema é de fundo: as economias ocidentais foram baseadas no consumo desenfreado e essa base está a ruir. O trabalho passou a ser um custo, a esmagadora maioria dos ordenados estão estagnados ou em queda nas economias ocidentais. Temos mais riqueza mas ela não é verdadeiramente redistribuída. Os consumidores vão desaparecendo e mesmo que se conseguisse inverter a tendência com a incorporação maciça da China no consumo, ao nível de, por exemplo Portugal, o mundo acabava no dia seguinte devido à falta de petróleo e da poluição gerada.
Não temos é pensadores, políticos, economistas ou filósofos à altura da crise, não temos gente para pensar como evitar a tempestade perfeita ou como sair desta encruzilhada. A maioria segue apressada para o abismo e a minoria que tenta escapar ao abismo é ignorada pela maior parte da população. Talvez também não tenhamos cidadãos à altura da crise.
Estamos à beira do fim do mundo tal qual o conhecemos. O economista norte-americano Nouriel Roubini disse recentemente que se estão a juntar as condições para, em 2013, acontecer a “tempestade perfeita”. Na meteorologia “tempestade perfeita” significa que vários factores meteorológicos juntam-se para criar a tempestade mais destrutiva de todas. Roubini diz que a dívida e a escassez de dinheiro nos Estados Unidos, a possibilidade da Europa ter que reestruturar a sua dívida e colocar menos dinheiro nos credores, a estagnação económica do Japão e a desaceleração do crescimento da China podem criar a maior e mais devastadora crise mundial de sempre, já em 2013.
Muitos economistas e políticos fingem que não ouviram e só não o chamam de louco porque já o tinham feito em 2005, quando Roubini disse que estávamos à beira de uma crise do imobiliário nos Estados Unidos, que veio a rebentar em 2007 e a arrastar o mundo para a actual crise.
Também fingem que não ouvem Roubini a dizer que Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha vão ter de sair do Euro se este continuar fortemente valorizado, acrescentado eu, ao serviço dos interesses da Alemanha.
Tal como não fingem que não ouvem Paul Krugman, economista norte-americano e prémio Nobel, dizendo que Portugal não vai ser capaz de pagar a dívida, que os planos de austeridade não vão ter qualquer utilidade e vão apenas agravar a recessão. Krugman fala que a única saída para Portugal é reestruturação da dívida, definindo novos prazos de pagamento e mesmo juros mais baixos sobre a divida passada, em lugar de se pedir mais empréstimos para pagar empréstimos. Hoje até o PSD já admite a reestruturação da dívida, quando ontem chamava de irresponsáveis aos poucos que propunham essa medida. No entanto, só falam de reestruturação para daqui a 2 anos porque falta por jóias da coroa como os CTT, a REN e o resto da EDP e Galp no bolso de alguns amigos.
A realidade é que Portugal não tem economia para pagar a dívida atrasada quanto mais a nova que estão agora a contrair no Fundo Monetário Internacional, no Banco Central Europeu e na Comissão Europeia. E com a agravante das medidas de austeridade da troika FMI. BCE e CE irem alimentar a crise nos próximos tempos.
Quando os milhões da CEE começaram a entrar em Portugal, com Cavaco Silva a Primeiro-Ministro e com as privatizações de empresas públicas monopolistas ou semi-monopolistas, foi um fartar de dinheiro para destruir a agricultura, a pesca e a indústria e foi um incentivo tremendo para que o capital / investimento fugisse de empresas ligadas aos sectores produtivo para as acções das grandes empresas monopolistas.
No entanto, cerca de 1/4dos portugueses, 25% da população, puseram o PSD e o CDS no Governo. Apesar de não parecer que a maioria saiba o que Coelho e Portas assinaram com a troika, visto que os artistas passaram uma campanha a não querer falar das suas propostas. Preparem-se para a redução de salários, o aumento de impostos (que tanto vai afectar o turismo), o aumento das taxas dos hospitais, os cortes na educação e nas autarquias locais, etc. etc.. Preparem-se para mais crise sobre a crise.
As nuvens de tempestade são mais do que muitas sobre o nosso céu algarvio e sobre todo mundo. Muitos parecem fingir que não é grave e outros não ligam mas a crise está aí e vai piorar ainda muito mais.
O problema é de fundo: as economias ocidentais foram baseadas no consumo desenfreado e essa base está a ruir. O trabalho passou a ser um custo, a esmagadora maioria dos ordenados estão estagnados ou em queda nas economias ocidentais. Temos mais riqueza mas ela não é verdadeiramente redistribuída. Os consumidores vão desaparecendo e mesmo que se conseguisse inverter a tendência com a incorporação maciça da China no consumo, ao nível de, por exemplo Portugal, o mundo acabava no dia seguinte devido à falta de petróleo e da poluição gerada.
Não temos é pensadores, políticos, economistas ou filósofos à altura da crise, não temos gente para pensar como evitar a tempestade perfeita ou como sair desta encruzilhada. A maioria segue apressada para o abismo e a minoria que tenta escapar ao abismo é ignorada pela maior parte da população. Talvez também não tenhamos cidadãos à altura da crise.
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